Sinônimo de aventura, desafio e perigo, um dos maiores desafios dos montanhistas vai ser encarado de perto por um cascavelense. Acostumado a escalar montanhas e a superar obstáculos, Carlos Eduardo Rocha e Silva arruma as malas para embarcar em uma das viagens mais importantes da sua vida. O montanhista foi convidado para integrar uma missão ao Monte Everest, no Nepal, em setembro deste ano.
Especialista em Inteligência Emocional, há três anos o cascavelense fundou o grupo Trekkers Cascavel e desde então se dedica a treinar e a guiar novatos em trilhas de aventura misturadas com uma boa dose de incentivo ao autoconhecimento, ensina a prática do rapel e leva os mais ousados a subir os picos mais altos do Sul do Brasil: Paraná (1.877m) e Caratuva (1.860m), no litoral paranaense, além de outras montanhas da Serra do Mar.
Na mala, carrega consigo a experiência de percorrer os mais de mil quilômetros do Caminho de Santiago, a peregrinação pelos templos e locais sagrados do Egito e de Israel, a aventura de chegar a Machu Picchu pela rota do Salkantay e a escalada no gelo do monte Cerro Tronador, na Patagônia.
Agora, o montanhista inicia sua preparação para o próximo grande desafio. Ele vai integrar uma missão ao Monte Everest, a montanha mais alta da Terra, localizada na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre a República Popular da China e o Nepal.
Embora não esteja nos planos chegar ao topo do Everest (pelo menos por enquanto), Carlos Eduardo apresenta alguns dados que demonstram a dificuldade da missão. Depois de dois dias de aclimatação em Kathmandu, já a 1.800 metros acima do nível do mar, o grupo segue para o chamado acampamento base, localizado a mais de 5 mil metros do nível do mar. Para se ter uma ideia da altitude, no Brasil o ponto mais alto é o Pico da Neblina, que fica a 2.994 metros acima do nível do mar.
O acampamento base é montado em todas as expedições para atingir o cume de uma montanha, que servem como uma espécie de quartel general para as equipes. No caso do Everest, há dois desses acampamentos: o Acampamento Base Sul do Everest (5.364 m de altitude), a partir do qual os alpinistas ascendem por meio da Crista ou Aresta Sudeste (lado nepalês), e o outro no lado do Tibete, com 5.150 m de altitude.
No total, Carlos Eduardo deve passar 13 dias na expedição. A maior altitude encontrada pelo grupo fica pelo caminho, pouco antes do acampamento base, em Kala Patthar, que está a 5.545 metros acima do nível do mar (tabela anexa). O desafio também está na temperatura, que na maior parte do tempo estará negativa.
Carlos Eduardo é um dos montanhistas que darão suporte necessário para que a expedição chegue ao acampamento base, e retorne, em segurança.
MONTE EVEREST
Coberto eternamente pela neve e em forma de pirâmide, o Monte Everest é a montanha mais alta do mundo, com 8.844m de altura, que pode ficar ainda mais alto, pois a camada de neve pode chegar a 6 metros. O Everest fica na fronteira do Tibet com o Nepal, na parte central cordilheira do Himalaia. A temperatura média no cume da montanha varia entre -40ºC e -70ºC.
O nome Everest é uma homenagem ao geodesista e explorador inglês Sir George Everest (1790-1866), que fez o levantamento trigonométrico e mapeou a região. Antes chamado de pico XV, passou a se chamar Everest em 1865.
Em chinês, o Everest é chamado de Zhumulangma Feng. Em sânscrito e nepalês, Sagarmatha ou "mãe oceano". Em tibetano, Qomolangma ou "deusa do mundo", nome adotado oficialmente na China.
Os primeiros exploradores a atingir o pico do Everest, em que se tem registro, foram o neozelandês Edmund Hillary e do sherpa nepalês Tenzing Norgay, numa expedição realizada em maio de 1953.
O Monte provoca fascinação em alpinistas e mochileiros do mundo todo. Atingir o cume significa enfrentar escassez de oxigênio, ventos fortes, temperaturas extremamente baixas, entre outros perigos. O perigo se traduz nos números. Até maio de 2013 morreram 238 pessoas no Everest. A maior parte das mortes ocorreu durante a descida. Existem cerca de 120 corpos abandonados na montanha.
Fotos: DIVULGAÇÃO
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Carla Hachmann Collete
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