Durante esta semana, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, veio ao Paraná assinar a Instrução Normativa que autoriza a suspensão da vacinação contra a febre aftosa no estado a partir de novembro.
O evento, ocorrido no Palácio Iguaçu, em Curitiba, contou com a participação do deputado estadual Marcel Micheletto (PL). Com a medida, a partir deste prazo, o rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos do estado não será mais vacinado contra a febre aftosa.
De acordo com Micheletto, esse é um fato histórico para os produtores rurais do estado. “Com a suspensão da vacinação vamos atingir mercados que até então tínhamos sérias restrições devido a vacina, portanto abriu-se um leque de oportunidades extraordinário”, disse.
O Ministério fará o monitoramento do Paraná para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas e, posteriormente, irá reconhecer nacionalmente o estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. Essa etapa está dentro do objetivo brasileiro de ampliar gradualmente as áreas sem vacinação contra a doença no país, previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017/2026).
O estado está caminhando para finalizar, até o final do ano, as ações pendentes para se tornar área livre sem vacinação, com a contratação de médicos veterinários e técnicos para atuação na vigilância para a febre aftosa e a construção de um posto de fiscalização agropecuária, na divisa com São Paulo.
Por fim, seguindo os trâmites da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em setembro de 2020, o Brasil vai pleitear o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, que deverá ser oficializado pela OIE, em maio de 2021.